segunda-feira, 19 de novembro de 2012

SOCIOLOGIA

ÉMILE DURKHEIM


Nasceu em Épinal, na Lorraine, França no dia 15 de abril de 1858. Morreu em Paris em 15 de novembro de 1917 e encontra-se sepultado no Cemitério do Montparnasse na capital francesa.
Suas principais obras são: 
(1893) Da divisão do trabalho social,
(1895) As regras do método sociológico
(1897) O suicídio,
(1912) Formas elementares da vida religiosa. 

PRINCIPAIS IDEIAS:
- CONSCIÊNCIA COLETIVA: embora todos possuam suas “consciências individuais”, seus modos próprios de se comportar e interpretar a vida, devem notar que dentro de qualquer grupo ou sociedade existem formas padronizadas de conduta e pensamento.
- FATOS SOCIAIS: são “maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo”. Estes fatos sociais possuem as seguintes características:
a) Coerção Socialfatos sociais que exercem sobre os indivíduos uma força, levando-os a conformarem-se às 
regras da sociedade em que vivem, independentemente de suas vontades e escolhas. Ex.: idiomas, normas familiares, códigos de leis.

b) Exterioridadefatos sociais que existem e atuam sobre os indivíduos independentemente de sua vontade ou de sua aprovação consciente. Ex.: As regras sociais, os costumes, as leis, já existiam antes do nascimento das pessoas, são portanto exteriores a eles.

c) Generalidade: é o fato social que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria 
deles. Ex.: O uso de talheres nas refeições, o respeito as leis e tradições.

- SOLIDARIEDADE MECÂNICA: É quando dentro de um grupo existe um espaço relativamente pequeno para as diferenças individuais. Existe assim uma pequena diferenciação individual e uma forte cobrança por adesão e uniformidade social. O grupo pode ser formado em torno de uma família, religião, tradição ou costumes, permanecendo em geral com uma pequena divisão do trabalho social. Ex.: sociedades pré-capitalistas como a Europa rural da Idade Média.

- SOLIDARIEDADE ORGÂNICA: É aquela típica das sociedades capitalistas, onde, através da acelerada divisão do trabalho, os indivíduos se tornavam interdependentes. Essa interdependência garante a união social, em lugar dos costumes, das tradições e ou das relações sociais estreitas. O que mantém o grupo unido é a interdependência baseada nas diferenças e não mais as semelhanças. Nas sociedades cuja solidariedade é orgânica, a consciência coletiva se afrouxa.





KARL HEINRICH MARX





Nasceu em Tréveris, Renânia-Palatinado, Alemanha no dia 05 de maio de 1818. Morreu em Londres, Inglaterra, Reino Unido em 14 de março de 1883.

PRINCIPAIS IDEIAS:

Suas principais ideias giram em torno de estudar, compreender e explicar o Capitalismo como sendo um fruto da sociedade moderna. A trajetória de Marx é marcada pelo desenvolvimento de conceitos importantes, sendo os mais expressivos: classes sociais, alienação, mais valia e modo de produção. Esses conceitos, para Marx, seriam os fatores fundamentais para  melhor  explicar o processo de socialização. Vejamos a seguir:


- CLASSES SOCIAIS: numa sociedade onde predomina o capitalismo as relações de produção inevitavelmente provocam as desigualdades sociais, sendo que essas desigualdades são a base da formação das classes sociais. Marx foi o primeiro autor a empregar o termo “classes sociais” e, segundo ele a divisão da sociedade em classes sociais pode ser explicada através da  “forma como os indivíduos se inserem no conjunto de relações, tanto no plano econômico como no sociopolítico”.



- ALIENAÇÃO: o processo de industrialização, a propriedade privada e o assalariamento separam os trabalhadores dos meios de produção, ou seja, os trabalhadores, juntamente com as ferramentas, a matéria 

prima, a terra e as máquinas tornaram propriedade privada do sistema capitalista. Além da alienação econômica, o homem sofre também a alienação política, pois o princípio da representatividade, que é a base do liberalismo, criou a ideia de Estado como um órgão político imparcial, responsável por representar toda sociedade e dirigi-la por meio do poder delegado pelos indivíduos dessa sociedade. Marx mostrou, entretanto, que o Estado acaba representando apenas a classe dominante, ou seja, o Estado seria apenas um instrumento de garantia e de sustentação da supremacia da classe detentora dos meios de produção e só age conforme o interesse desta. As classes dominantes economicamente encontravam meios para conquistar o aparato oficial do Estado e, através dele, legitimar seus interesses sob a forma de leis e planos econômicos e políticos.


- MAIS-VALIA: mais-valia, que seria o valor que o capitalista vende a mercadoria menos o valor gasto para produzi-la. Mais-valia seria então o valor não apropriado pelo trabalhador, mas pelo capitalismo na forma de lucro.  Por isso, Marx dizia que o valor de uma mercadoria era dado pelo tempo de trabalho socialmente necessário à sua produção. Sendo assim, os capitalistas podiam obter mais-valia com o simples prolongamento da jornada de trabalho. Maior jornada de trabalho, maior lucro.



- MODE DO PRODUÇÃO: para solucionar ou pelo menos amenizar o problema da desigualdade e da exploração existente na sociedade capitalista, Marx propunha o Comunismo, um sistema econômico e social baseado na propriedade comum de todos os bens e na igual distribuição de riquezas, uma antítese do capitalismo. Para isso, seria necessário a tomado do poder pelos proletariados, abolindo a propriedade privada dos meios de produção e consequentemente estabelecendo a igualdade social-econômica entre as pessoas. Essa revolução resultaria também, na  extinção do  Estado. Por isso, até hoje quando o capitalismo anuncia a crise de sua supervalorização surge o “fantasma” do comunismo, ou, pelo menos, do socialismo. Este último podemos definir como sendo um pouco de capitalismo e um pouco de comunismos interesses sob a forma de leis e planos econômicos e políticos.



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