segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PENSAMENTOS: POSITIVISTA / FUNCIONALISTA / MATEREALISTA


PENSAMENTO POSITIVISTA  

É uma corrente filosófica que surgiu na França no começo do século XIX. Os principais idealizadores do positivismo foram os pensadores Augusto Comte e John Stuart Mill. Esta escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade do século XIX e começo do XX, período em que chegou ao Brasil. 
positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos.
Os positivistas não consideram os conhecimentos ligados as crenças, superstição ou qualquer outro que não possa ser comprovado cientificamente. Para eles, o progresso da humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos.
O positivismo teve muita influência na literatura. No Brasil, por exemplo, influenciou escritores naturalistas como Aluísio de Azevedo e Raul Pompéia.

Curiosidade:

- A frase “Ordem e Progresso” que encontramos na bandeira brasileira é de inspiração positivista.



PENSAMENTO FUNCIONALISTA

É um ramo da Antropologia e das Ciências Sociais que procura explicar aspectos da sociedade em termos de funções realizadas por instituições e suas conseqüências para sociedade como um todo. É uma corrente sociológica associada à obra de Émile Durkheim.
Para ele cada instituição exerce uma função específica na sociedade e seu mau funcionamento significa um desregramento da própria sociedade. Sua interpretação de sociedade está diretamente relacionada ao estudo do fato social, que segundo Durkheim, apresenta características específicas: exterioridade e a coercitividade. O fato social é exterior, na medida em que existe antes do próprio indivíduo, e coercitivo, na medida em que a sociedade impõe tais postulados, sem o consentimento prévio do indivíduo.
Estrutura-funcionalismo, ou Funcionalismo Estrutural, foi a perspectiva dominante de antropologistas culturais e sociólogos rurais entre a II Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã. O Estrutura-funcionalismo tem a visão de que a sociedade é constituída por partes (políciahospitaisescolasfazendas etc.). Cada parte possui suas próprias funções e trabalhando em conjunto para promover a estabilidade social. A ideia de função tem um papel muito importante no Funcionalismo, modelando o desenvolvimento de toda a Análise Funcional. De fato, o Funcionalismo é basicamente o estudo das funções e suas conseqüências.


TEORIA MATERIALISTA

O materialismo histórico é um marco teórico que visa explicar as mudanças e o desenvolvimento da história, utilizando-se de fatores práticos, tecnológicos (materiais) e o modo de produção.
Na perspectiva do materialismo histórico, as mudanças tecnológicas e do modo de produção são os dois fatores principais de mudança social, política e jurídica.
O materialismo histórico é associado ao marxismo e muitos acreditam que foi Karl Marx que desenvolveu esta teoria. Porém, o desenvolvimento desta teoria esta presente na história da sociologia e antropologia. Porém, o materialismo histórico se popularizou com o desenvolvimento do marxismo no final do século XIX e começo do XX.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

SOCIOLOGIA

ÉMILE DURKHEIM


Nasceu em Épinal, na Lorraine, França no dia 15 de abril de 1858. Morreu em Paris em 15 de novembro de 1917 e encontra-se sepultado no Cemitério do Montparnasse na capital francesa.
Suas principais obras são: 
(1893) Da divisão do trabalho social,
(1895) As regras do método sociológico
(1897) O suicídio,
(1912) Formas elementares da vida religiosa. 

PRINCIPAIS IDEIAS:
- CONSCIÊNCIA COLETIVA: embora todos possuam suas “consciências individuais”, seus modos próprios de se comportar e interpretar a vida, devem notar que dentro de qualquer grupo ou sociedade existem formas padronizadas de conduta e pensamento.
- FATOS SOCIAIS: são “maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo”. Estes fatos sociais possuem as seguintes características:
a) Coerção Socialfatos sociais que exercem sobre os indivíduos uma força, levando-os a conformarem-se às 
regras da sociedade em que vivem, independentemente de suas vontades e escolhas. Ex.: idiomas, normas familiares, códigos de leis.

b) Exterioridadefatos sociais que existem e atuam sobre os indivíduos independentemente de sua vontade ou de sua aprovação consciente. Ex.: As regras sociais, os costumes, as leis, já existiam antes do nascimento das pessoas, são portanto exteriores a eles.

c) Generalidade: é o fato social que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria 
deles. Ex.: O uso de talheres nas refeições, o respeito as leis e tradições.

- SOLIDARIEDADE MECÂNICA: É quando dentro de um grupo existe um espaço relativamente pequeno para as diferenças individuais. Existe assim uma pequena diferenciação individual e uma forte cobrança por adesão e uniformidade social. O grupo pode ser formado em torno de uma família, religião, tradição ou costumes, permanecendo em geral com uma pequena divisão do trabalho social. Ex.: sociedades pré-capitalistas como a Europa rural da Idade Média.

- SOLIDARIEDADE ORGÂNICA: É aquela típica das sociedades capitalistas, onde, através da acelerada divisão do trabalho, os indivíduos se tornavam interdependentes. Essa interdependência garante a união social, em lugar dos costumes, das tradições e ou das relações sociais estreitas. O que mantém o grupo unido é a interdependência baseada nas diferenças e não mais as semelhanças. Nas sociedades cuja solidariedade é orgânica, a consciência coletiva se afrouxa.





KARL HEINRICH MARX





Nasceu em Tréveris, Renânia-Palatinado, Alemanha no dia 05 de maio de 1818. Morreu em Londres, Inglaterra, Reino Unido em 14 de março de 1883.

PRINCIPAIS IDEIAS:

Suas principais ideias giram em torno de estudar, compreender e explicar o Capitalismo como sendo um fruto da sociedade moderna. A trajetória de Marx é marcada pelo desenvolvimento de conceitos importantes, sendo os mais expressivos: classes sociais, alienação, mais valia e modo de produção. Esses conceitos, para Marx, seriam os fatores fundamentais para  melhor  explicar o processo de socialização. Vejamos a seguir:


- CLASSES SOCIAIS: numa sociedade onde predomina o capitalismo as relações de produção inevitavelmente provocam as desigualdades sociais, sendo que essas desigualdades são a base da formação das classes sociais. Marx foi o primeiro autor a empregar o termo “classes sociais” e, segundo ele a divisão da sociedade em classes sociais pode ser explicada através da  “forma como os indivíduos se inserem no conjunto de relações, tanto no plano econômico como no sociopolítico”.



- ALIENAÇÃO: o processo de industrialização, a propriedade privada e o assalariamento separam os trabalhadores dos meios de produção, ou seja, os trabalhadores, juntamente com as ferramentas, a matéria 

prima, a terra e as máquinas tornaram propriedade privada do sistema capitalista. Além da alienação econômica, o homem sofre também a alienação política, pois o princípio da representatividade, que é a base do liberalismo, criou a ideia de Estado como um órgão político imparcial, responsável por representar toda sociedade e dirigi-la por meio do poder delegado pelos indivíduos dessa sociedade. Marx mostrou, entretanto, que o Estado acaba representando apenas a classe dominante, ou seja, o Estado seria apenas um instrumento de garantia e de sustentação da supremacia da classe detentora dos meios de produção e só age conforme o interesse desta. As classes dominantes economicamente encontravam meios para conquistar o aparato oficial do Estado e, através dele, legitimar seus interesses sob a forma de leis e planos econômicos e políticos.


- MAIS-VALIA: mais-valia, que seria o valor que o capitalista vende a mercadoria menos o valor gasto para produzi-la. Mais-valia seria então o valor não apropriado pelo trabalhador, mas pelo capitalismo na forma de lucro.  Por isso, Marx dizia que o valor de uma mercadoria era dado pelo tempo de trabalho socialmente necessário à sua produção. Sendo assim, os capitalistas podiam obter mais-valia com o simples prolongamento da jornada de trabalho. Maior jornada de trabalho, maior lucro.



- MODE DO PRODUÇÃO: para solucionar ou pelo menos amenizar o problema da desigualdade e da exploração existente na sociedade capitalista, Marx propunha o Comunismo, um sistema econômico e social baseado na propriedade comum de todos os bens e na igual distribuição de riquezas, uma antítese do capitalismo. Para isso, seria necessário a tomado do poder pelos proletariados, abolindo a propriedade privada dos meios de produção e consequentemente estabelecendo a igualdade social-econômica entre as pessoas. Essa revolução resultaria também, na  extinção do  Estado. Por isso, até hoje quando o capitalismo anuncia a crise de sua supervalorização surge o “fantasma” do comunismo, ou, pelo menos, do socialismo. Este último podemos definir como sendo um pouco de capitalismo e um pouco de comunismos interesses sob a forma de leis e planos econômicos e políticos.